POUSADA DOS PINHEIRAIS'S
POUSADA DOS PINHEIRAIS'S
  A região de Nova Prata está localizada na Serra Gaúcha, e é conhecida como a capital do Basalto, por possuir mais de 100 pedreiras. O município tem uma população muito diversificada graças aos seus imigrantes italianos, polacos, árabes, africano e alemões. Em meio à mata nativa da Floresta Municipal da Cascata da Usina, fica localizado o Complexo Hidrotermal Caldas de Prata, onde a água é conhecida como terapêutica. Nova Prata por ser a capital do Basalto, realiza periodicamente a Festa Nacional do Basalto, onde são apresentadas as variadas utilidades dessa pedra, como os painéis colocados na entrada da cidade, que encanta os visitantes tanto pela arte quanto pelo recado que conta a história dos imigrantes da região. Outras festas são bastante tradicionais na cidade, como o Festival Internacional de Folclore, a Festa de São João, os rodeios, entre outros. Seus principais eventos atraem muitas pessoas e transformam a cidade. Nova Prata possui belas paisagens, inúmeros pontos turísticos, boa comida italiana, além da hospitalidade típica da Terra do Basalto.  
 
A capital do basalto
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Construção do Pórtico
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Histórico de Nova Prata
Situado na Microrregião Colonial do Alto Taquari, localizado na Encosta Superior do Nordeste, distante 186 km da capital de Porto Alegre, numa altitude de 820m, conserva saiba mais
Censo de Nova Prata
População: 16.440
Homens: 8.049
Mulheres: 8.391
Área Total: 259km2
Densidade pop.: 63.47
Fonte: IBGE
 
 
 
 

HISTÓRICO DO MUNICÍPIO DE NOVA PRATA

Situado na Microrregião Colonial do Alto Taquari, localizado na Encosta Superior do Nordeste, distante 186 km da capital de Porto Alegre, numa altitude de 820m, conserva suas características mais autênticas: as propriedades coloniais, o linguajar e os costumes herdados da imigração italiana (principalmente), polonesa, alemã, portuguesa e outras em menor número.

Nova Prata limita-se ao:

- Norte: com Guabijú e André da Rocha

- Sul: com Vila Flores e Fagundes Varela

- Oeste: com Nova Bassano, Nova Araçá e Vista Alegre do Prata

- Leste: com Protásio Alves.

Desde cedo a atividade agrícola se aliou ao extrativismo vegetal, consubstanciado na exploração de ervais e madeira, sendo que esta última tornou-se a principal atividade da região até a década de 60. Hoje, com seu relevo estrutural fortemente dissecado, as grandes jazidas de basalto da formação da Serra Geral caracterizam esta área.

Primeiros Habitantes da Região de Nova Prata

A região territorial de Nova Prata era habitada por tribos de índios Caingangs (também conhecidos como ?Coroados?), que somente mantiveram contato com a civilização ? descendentes de espanhóis, especificamente - por volta de 1850, e com eles iniciaram a negociar por meio de escambo. Há relatos de desentendimentos e rusgas, nos quais perderam a vida vários índios e espanhóis.

Mais tarde, Silvério Antônio de Araújo, entrando em entendimento com os índios Coroados, traçou a estrada que deveria dar acesso a Porto Alegre. O governo da Província do Rio Grande do Sul, informado disso, deu a Silvério Antônio de Araújo o direito de escolher terras, tornando-se este o proprietário de quase toda a área da atual sede de Nova Prata.

Em conseqüência da colonização, os índios Coroados se afastaram rumo aos Toldos de Casseros e Cacique Doble, situados no município de Lagoa Vermelha; 7 de setembro, em Passo Fundo, e Ligeiro, em Erechim. Na atualidade, os descendentes dos Coroados acham-se nas reservas indígenas de Cacique Doble e Nonoai.

Vale salientar inclusive que, em homenagem aos primeiros habitantes destas plagas, um dos hotéis existentes atualmente em Nova Prata é denominado de "Hotel Coroados".

A Colonização

A quase totalidade da área da sede atual do município, de propriedade de Silvério Antônio de Araújo foi doada, posteriormente, por D. Plácida Vieira de Araújo à Sociedade Protetora da Igreja São João Batista do Herval, cuja liberalidade foi feita em 30 de setembro de 1904, conforme escritura pública.

D. Plácida Vieira de Araújo, espírito filantrópico e empreendedor, viúva de Silvério Antônio de Araújo, foi a maior proprietária de terras do município. Seus bens estavam compreendidos entre o arroio Retiro, divisa das comunas de Nova Prata com Veranópolis, e o rio da Prata, limite com o município de Lagoa Vermelha.

Representaram a Sociedade Protetora, da doação, os Srs. Henrique Lenzi, Vicente Peruzzo, Rafael Cherubini, Clemente Tarasconi e Fernando Luzzatto.

No estatuto da Sociedade estava evidenciado o espírito separatista da população pratense: ?A sede jurídica da fundação e, consequentemente, da Sociedade que a administra, é a vila de Alfredo Chaves, enquanto Capoeiras não se constituir politicamente em município autônomo?.

As escrituras de doação e os estatutos da Sociedade Protetora foram redigidos pelo eminente jurisconsulto Plínio de Castro Casado. Os terrenos foram demarcados pelo agrimensor Francisco Carlos Resin Barreto Leite tanto na zona urbana, como na rural.

Iniciada a colonização, estabeleceram-se na região as primeiras famílias dos colonos: famílias Manoel Martins, Guedes, Moreira Teles (já radicados), Fernando Luzzatto, Henrique, Luiz, Rafael, Paulo Lenzi, Jacob Kurtz, Rodolpho e Emílio Schneider, Rafael Cherubini, Vicente, Marcos, Guerino e Eugênio Peruzzo, José Eccel, José Santetti, Miguel Magagnin, Jacob Enger, Luiz Cavani, João Kaminski, João Saggi, Joaquim Pires e outros.

Capoeiras era, naquela época, sede do segundo distrito de Alfredo Chaves, atual Veranópolis, no tempo, mais conhecida por ?Paese Novo?. Foram instaladas algumas casas de comércio e pequenas indústrias, tornando-se Capoeiras ponto de abastecimento para uma vasta região, pois o norte do atual município de Lagoa Vermelha era mata virgem.

O novo povoado progredia rapidamente, contribuindo muito para este desenvolvimento o povoamento da zona rural. Em vista disso, começaram a surgir as primeiras pretensões emancipacionistas.

No entanto, somente no ano de 1923, começou a idéia de emancipação a tomar vulto, dela participando toda a população, que designou, após muitas reuniões, uma comissão, constituída pelos Srs. Henrique Lenzi, Cônego João Antônio Peres, Felix Engel Filho, Adolpho Schneider, Fernando Luzzatto, Clemente Tarasconi e Luiz Marafon, para ser portadora de um memorial endereçado ao então Presidente do Estado, Dr. Antônio Augusto Borges de Medeiros, solicitando a emancipação dos distritos de Capoeiras, Nova Bassano, Vista Alegre e mais a anexação dos distritos de Araçá, Paraí e Protásio Alves, estes pertencentes a Lagoa Vermelha, cujos habitantes alegavam a enorme distância que os separava de sua sede municipal e também a falta de comunicações. O Presidente do Estado recebeu com simpatia o pedido, prometendo, todavia, atender, oportunamente, as reivindicações dos membros da comissão.

Pouco tempo depois, eclodia, no Estado, o movimento revolucionário de 1923, paralisando, como consequência, as atividades dos emancipacionistas.

Em 1924 os integrantes da comissão emancipacionista voltaram a entrar em contato com o Presidente do Estado, encontrando um pequeno entrave em seus objetivos, pois Lagoa Vermelha, que muito havia contribuído para defender a legalidade, por ocasião da revolução do ano anterior, não desejava que fossem desmembrados seus distritos.

Em 11 de agosto de 1924 era assinado o Decreto 3352, criando o município do Prata, constituído pelos distritos de Prata (ex-Capoeiras), Nova Bassano e Vista Alegre, sendo instalado em 15 de novembro do mesmo ano, ficando excluídas as populações de Protásio Alves, Araçá e Paraí, que jamais se conformaram em não pertencer à nova comuna criada.

O mais incansável ?anexionista? foi o vereador Caetano Peluso, que, concitando o povo no sentido desta reivindicação, chegou ao ponto de ser processado.

Foi constituída uma nova comissão emancipacionista que foi recebida pelo Interventor Federal, General Flores da Cunha, voltando com a promessa de que seriam atendidas suas pretensões.

Em 24 de outubro de 1932, o General Flores da Cunha, corrigindo uma anomalia geográfica, incorporou ao Prata os distritos de Araçá, Paraí e Protásio Alves, baixando o Decreto 5.127. Publicado esse ato, constatou-se que os limites estabelecidos não satisfaziam os anseios populares, e foi, ainda, Caetano Peluso que encabeçou um movimento para a retificação, conseguida pouco tempo depois, por novo decreto da Interventoria. Para a consecução destes objetivos, anexação dos distritos e retificação de divisas, tiveram atuação importante os Srs. Mário Difini e Oscar da Costa Karnal.

A 9 de outubro de 1924, realizaram-se as eleições de intendente e conselheiros municipais, tendo sido eleitos: intendente, Felix Engel Filho; vice-intendente, Henrique Lenzi; conselheiros, Adolpho Schneider, Andréa Carbonera, Humberto Simonato, Alberto Peruzzo, Luiz Leduc, Guilherme Stockmans e Eugenio Bettio, que tomaram posse a 15 de novembro. Em sua primeira reunião, efetuada no mesmo dia, o Conselho elegeu sua mesa, que ficou assim constituída: presidente, Adolpho Schneider; vice-presidente, Humberto Simonato; secretário, Luiz Leduc. Posteriormente renunciaram suas cadeiras os conselheiros Adolpho Schneider, Andréa Carbonera e Guilherme Stockmans, tendo sido convocados os suplentes Romualdo Tarasconi, Eutichiano Devi e José Zottis, assumindo a presidência o conselheiro Humberto Simonato.

A 15 de setembro de 1928 verificou-se a sucessão intendencial sendo eleitos: intendente, coronel Virgílio Silva; vice-intendente, Adolpho Schneider; conselheiros, Luiz Marafon, Henrique Lenzi, Emílio Cerri, Domingos Todeschini, Fernando Luzzato, Humberto Simonato e Heitor Tarasconi, ficando a mesa constituída da seguinte forma: presidente, Luiz Marafon; vice-presidente, Henrique Lenzi; secretário, Heitor Tarasconi.

Com a vitória do movimento insurrecional de 3 de outubro de 1930, cumprindo ordens do Governo Central, o Estado expediu decreto dissolvendo o Conselho Municipal e declarando extinto o mandato de intendente.

O coronel Virgílio Silva, de conformidade com o Decreto 4.657, de 1° de dezembro de 1930, foi nomeado prefeito da comuna, assumindo o governo municipal no dia 3.

De 1° de março a 17 de agosto de 1931, em virtude de moléstia grave do Prefeito, esteve à frente da administração o Capitão Firmino Antônio da Silva. Havendo aquele edil se exonerado a 10 de agosto, foi, na mesma data, nomeado Prefeito do município o cidadão Oscar da Costa Karnal, que, desde 1928 vinha exercendo o cargo de secretário-tesoureiro da comuna.

Oscar da Costa Karnal dirigiu a Prefeitura assistido por um conselho consultivo de que faziam parte Luiz Marafon, Emílio Cerri e Rafael Cherubini, até 20 de outubro de 1932, data em que foi substituído, em face de sua remoção para Lajeado, por Mário Difini, o qual, por sua vez, administrou o município até 22 de setembro de 1933, passando a direção dos negócios públicos ao Capitão Adolpho Schneider.

Falecendo o conselheiro Rafael Cherubini, substituiu-o Gabriel Cherubini. A 31 de dezembro de 1935, processaram-se as eleições municipais, sendo eleitos: Prefeito: Capitão Adolpho Schneider, e vereadores: Luiz Marafon, presidente; vice-presidente, Gabriel Cherubini; secretário, Heitor Tarasconi; membros da Câmara, Tertuliano Osório Mendes, Fioravante Cella, Erasmo Bombardelli e João Grazziotin.

Em 1° de novembro de 1937 foi dissolvida a Câmara, continuando à frente dos negócios municipais o Capitão Adolpho Schneider.

Nova Prata chamou-se, até atingir sua maioridade política, ?Capoeiras?, cujo nome lhe foi dado há mais de 85 anos, após violento furacão que desmatou extensos pinhais que circundavam a sede atual, reduzindo-a a um capoeirão.

Quando da doação da área urbana, os Padres da Paróquia pretendiam dar ao novo povoado o nome de São João Batista do Herval, santo protetor da cidade, o que foi confirmado pelo Governo do Estado. Todavia, não logrou resultado, devido à antiga e histórica tradição de ?Capoeiras?.

Em 1924, data de sua emancipação política, a comissão que encabeçou o movimento sugeriu para o município a denominação ?Flores da Cunha?. O Presidente Borges de Medeiros, sempre infeso em seu governo a homenagear pessoas vivas, embora acolhesse com simpatia à sugestão, opinou, todavia, pela denominação de "Prata", que tira sua origem do rio de mesmo nome que banha o norte e o leste do município.

Houve, também, uma tentativa de dar ao município o nome de Caiboaté, que não mereceu aprovação dos pratenses, permanecendo Nova Prata.

Em 1908, organizou-se a Sociedade Musical Capoeirense, não só musical, mas também recreativa, cujas festas e bailes a rigor faziam lembrar a suntuosidade e imponência do século XVIII.

Uma vez efetivadas todas as anexações e constituídos os novos distritos, o Município de Nova Prata com área de 1.322 Km² ficou administrativamente com os seguintes distritos:

1 - Nova Prata - Sede do Município

2 - Nova Bassano

3 - Vista Alegre

4 - Paraí

5 - Nova Araçá

6 - Protásio Alves

7 - São Jorge

8 - Guabijú

9 - Rio Branco

A situação do grande Prata, com seus 1.322 km² não durou muito tempo. De 1964 a 1965, três de seus distritos conquistaram autonomia, formando novos Municípios - Nova Bassano, Nova Araçá e Paraí - ficando reduzido seu território para 875 km².

Em 20 de setembro de 1987, mais dois distritos foram às urnas e, através de plebiscito, emanciparam-se: São Jorge e Guabijú. Em 10 de abril de 1988, mais dois distritos tornaram-se independentes: Vista Alegre e Protásio Alves.

Desta forma, constituíram-se em municípios autônomos:

- Nova Bassano em 23/05/1964, pela Lei Estadual nº. 4.730;

- Nova Araçá em 22/12/1964. Pela Lei Estadual nº. 4.730;

- Paraí em 09/07/l965, pela Lei Estadual nº. 4.977;

- São Jorge e Guabijú em 20 de setembro de 1987;

- Vista Alegre e Protásio Alves em 10 de Abril de 1988.

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